Projeto ‘Lutando pela Paz’ oferece aulas gratuitas de judô em Campina
O comandante do 2º BPM, tenente-coronel Souza Neto, disse que a base policial oferece aulas de judô, três vezes por semana, aos jovens do bairro. O treinamento é ministrado pelo tenente Augusto e o soldado Wallace. Um tatame foi montado dentro da base da Força Tática para execução do projeto com as crianças e jovens.
De acordo com Souza Neto, a iniciativa se enquadra em mais uma modalidade de policiamento comunitário em Campina Grande. Primeiro, nós executamos ações de repressão ao tráfico de drogas, que muitas vezes acontecia aqui próximo à própria base. Nós fizemos os levantamentos, prendemos vários traficantes. Agora, é hora de atrair os adolescentes e a comunidade para o nosso lado, e, a partir daí, caminharmos juntos contra as armadilhas que a o mundo do crime oferece, informou o comandante.
O oficial disse que o projeto tem 50 alunos inscritos e já desperta o interesse de mais crianças da área. As mães dos alunos informaram que já perceberam a diferença no comportamento dos meninos, em casa e na escola, depois que eles passaram a praticar judô com a PM. Trata-se de um esporte que ajuda muito a desenvolver a disciplina, explicou o tenente Augusto.
O 2º BPM está firmando parcerias com algumas entidades da sociedade civil, para que o projeto atenda aos anseios das demais crianças interessadas em ingressar nesse trabalho de prevenção à violência.
Homicídio Zero O comandante Souza Neto lembrou ainda que o bairro do Mutirão, em Campina Grande, permanece sem um único registro de homicídio, neste ano de 2013. No ano passado, a comunidade foi a terceira mais violenta da cidade, com nove assassinatos. A queda nos índices de violência é fruto da implantação da Unidade de Polícia Solidária (UPS) no bairro, em dezembro de 2012.
Outro exemplo O bairro do Pedregal, que esteve no topo dos mais violentos da cidade com 14 assassinatos em 2012, também apresenta uma redução significativa este ano: são dois casos de homicídios nestes dez meses de 2013. Neste mesmo período do ano passado, o Pedregal registrava nove homicídios, lembrou Souza Neto. Isso é fruto da presença constante da polícia na comunidade, principalmente depois que a UPS foi instalada naquela área, completou o comandante.