Polícia Militar prende grupo acusado de arrombamentos em lojas de JP

Material apreendido com a quadrilha. (Foto:Wagner Varela)
Uma operação deflagrada por policiais da Unidade de Polícia Solidária (UPS) do Geisel, pertencente ao 5º Batalhão da Polícia Militar, prendeu acusados de integrar uma quadrilha que arrombava lojas de departamento em João Pessoa. Os cinco homens presos são suspeitos de investir contra, pelo menos, três estabelecimentos comerciais na Capital. Com o grupo também foram apreendidos um carro, arma, munição, dinheiro e ferramentas.

No final da manhã desta quinta-feira (6), o delegado de Crime Contra o Patrimônio, Aldrovilli Grisi Dantas, disse que os suspeitos serão ainda ouvidos. “Já identificamos duas possíveis empresas vítimas do grupo e estamos identificando outras. Os homens presos vão responder por furto qualificado, porte de arma e associação criminosa”, disse. “Em uma primeira consulta que fizemos, descobrimos que três dos cinco presos possuem antecedentes criminais”, informou o delegado.

O sargento Fábio Luiz da Silva, que liderou a guarnição da UPS do Geisel, disse que já havia suspeita da atuação do grupo na região. “Essa operação é fruto de nossas rondas feitas durante a madrugada. Já suspeitávamos que havia planejamento desse crime por aqui. Recebemos uma denúncia pela ‘Linha Solidária’, revelando que um grupo estava arrombando o Armazém Paraíba do bairro. Então, fomos até lá”, explicou.

Ainda de acordo com o sargento Fábio, um policial que estava de folga e passou pelo local do crime conseguiu deter um dos homens antes mesmo da guarnição da PM chegar. O acusado foi identificado como Higor Geovane Soares de Queiroz, de 23 anos. Outro integrante do grupo (Josevaldo Gomes da Silva Júnior, 20) tentou se livrar da prisão e invadiu uma casa no Geisel, mas foi capturado. Os demais comparsas fugiram.

Já presos, os dois homens receberam ligação dos demais integrantes do grupo, que tentaram, por telefone, subornar os policiais, oferecendo R$ 7 mil. Depois de fingirem entrar em acordo com os acusados, os militares conseguiram chegar até um apartamento no bairro do Bessa, onde deram voz de prisão a mais três envolvidos. Essa segunda fase da operação contou com o apoio de policiais militares do 1º Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp) de Manaíra. Todos os membros da quadrilha foram levados para a Central de Polícia.

Os primeiros levantamentos da Polícia Civil apontaram que o “cabeça” do grupo seria Júlio César da Silva, de 25 anos, natural de Cuiabá (MT). Ele teria pedido apoio ao paraibano Carlos Henrique Cunha da Silva, 26, para executar o assalto à loja Armazém Paraíba, no bairro do Geisel. Esses dois homens, além de João Batista Santos da Cunha, 56, foram flagrados no apartamento alugado pelo grupo no Bessa.

Antecedentes criminais por roubo, tráfico e sequestro – Com exceção de Higor Geovane, que mora no Geisel, e Josevaldo Gomes, residente em Jaguaribe, os demais integrantes presos no apartamento do Bessa têm antecedentes criminais.

Carlos Cunha, por exemplo, responde a processo por tráfico de drogas, cometido em 2013; a assalto, em 2011; e a crime de trânsito, em 2012. Já Júlio César, natural de Cuiabá, é acusado de roubo qualificado, uso de arma de fogo, associação criminosa e sequestro-relâmpago. Enquanto isso, João Batista está respondendo a um inquérito policial cujo conteúdo ainda não foi detalhado pela Polícia Civil.

Apreensão – Com os suspeitos, a polícia apreendeu um veículo Ecosport, de placas DLL-5442, cinco celulares, além de um revólver calibre 38 e cinco munições intactas. Dentro do Armazém Paraíba, onde ocorreu o arrombamento, e no prédio do Bessa, os militares também encontraram chave de fenda, pé-de-cabra, lanterna e alicate. Ainda foram recolhidos pelos policiais militares R$ 7,6 mil (sete mil e seiscentos reais), em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100.

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