PM liberta reféns e prende sequestradores após 8 horas de negociações

Bandidos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) onde permanecem à disposição da Justiça. Todas as reféns foram liberadas. Elas chegaram a ser atendidas pelo Samu, devido ao estado de nervos provocado pela situação

Após quase oito horas de cárcere privado e negociações com a Polícia Militar, os criminosos que mantiveram cinco pessoas reféns em um apartamento localizado na Praia do Cabo Branco, em João Pessoa, resolveram se entregar.

Os bandidos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) onde permanecem à disposição da Justiça. Todas as reféns foram liberadas. Elas chegaram a ser atendidas pelo Samu, devido ao estado de nervos provocado pela situação. Em seguida também se dirigiram ao GOE onde prestaram queixa contra os bandidos.

O caso – Cinco pessoas foram mantidas como reféns por dois bandidos armados desde as primeiras horas da noite desta terça-feira (30), em um apartamento de luxo do empresário Herbert Maia, proprietário da Construtora Hema, localizado no 4º andar do Residencial Varandas do Atlântico (foto), na Avenida Cabo Branco 4420, na orla marítima de João Pessoa, nas proximidades do Hotel Ibis.

Os bandidos até agora identificados como Leandro e França, estavam armados, receberam comida e negociaram com a Polícia a libertação das cinco reféns, que seriam a esposa, Elizete Maia; duas filhas; uma nora do empresário e ainda a secretária da casa.

Uma primeira versão dos acontecimentos, dá conta de que se trata de uma tentativa de assalto frustrada, que teria sido iniciada no meio da rua, a partir da abordagem dos bandidos junto a uma das moradoras do apartamento.

Já uma segunda versão, dá conta de que os dois criminosos teriam vindo do Rio de Janeiro especialmente para sequestrar o empresário. Porém, o plano havia dado errado porque no momento da chegada ao apartamento, apenas a família de Herbert Maia estava no local.

O clima foi tenso, cerca de 80 policiais e várias viaturas estiveram no local. Um dos trechos da avenida foi interditado durante todo o período de negociação.

Durante o andamento às negociações, os criminosos, de vez em quando, apareceram na janela do apartamento com uma das reféns para fazer exigências.

De acordo com informações do empresário, Herbert Maia, durante uma troca de tiros registrada no início da noite entre policiais e bandidos, houve mais de vinte disparos, inclusive de espingarda calibre 12.

Um policial, identificado como Joelton Ribeiro Carneiro, de 23 anos, foi atingido com um tiro no pescoço, socorrido por uma viatural policial, de número 1222, e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HETSHL), na Capital, onde foi submetido a um procedimento cirúrgico. E, de acordo com informações oficiais, o policial, que utilizava colete à prova de balas, não corre risco de morte, apesar da bala ter atravessado o esôfago.

Durante o andamento das negociações os bandidos destituíram o advogado Edgley Bezerra do direito de representá-los, momentos após descobrirem o telefone do advogado Abraão Beltrão, que foi convocado às pressas pelos criminosos para assumir a sua defesa.

O recém empossado desembargador Márcio Murilo também foi convocado para participar das negociações, conforme exigência dos bandidos.

Um outro representante da Comissão dos Direitos Humanos também foi convocado pelos criminosos, trata-se do advogado Genival Veloso Filho, que também já está no local.

Um fato curioso registrado durante as negociações foi a rejeição dos bandidos junto a presença do advogado João Ricardo como um dos intermediários das negociações no local, pelo fato dele ser ligado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) e não às causas criminais.

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