Batalhão Ambiental já capturou 645 animais silvestres este ano

Conforme o comandante do Batalhão Ambiental, tenente coronel Paulo Sérgio, os flagrantes são feitos muitas vezes nas feiras livres, local onde acontece a venda ilegal, e em residências próximas a reservas, onde há a criação doméstica irregular. A multa para quem pratica esses crimes variar de R$ 500, por animal, até R$ 5 mil se ele estiver ameaçado de extinção, alertou o oficial, ao lembrar que maus tratos a qualquer tipo de bicho, mesmo aqueles que podem ser criados em domicílio, também geram penalidades.
Dentro do montante de apreensões, segundo e Paulo Sérgio, também aparecem os animais resgatados após fugirem de matas e invadirem ruas ou residências. Nesses casos, ele orienta que a população ligue para o 190 e espere uma equipe especializada para realizar a captura do bicho.
Nunca tentar conter o animal, que pode reagir e provocar um ferimento ou ainda transmitir doenças. Segundo Paulo Sérgio, após a apreensão, os animais são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, em Cabedelo (Região Metropolitana), no qual passam por um tratamento para serem reintegrados à natureza. Somente de 2013 até fevereiro deste ano, os números do BPAmb apontam um total de 2.907 animais apreendidos . Os flagrantes vem diminuindo porque as pessoas têm se conscientizado que é crime e que a polícia está fiscalizando, completou Paulo Sérgio.
Poluição Sonora
A Polícia Ambiental também tem combatido os crimes de poluição sonora e realizado autuações. Só este ano, 15 pessoas foram notificadas e respondem processo junto a Superintendência Estadual de Administração do Meio Ambiente (Sudema) por terem desrespeitado os limites de som. Conforme o tenente coronel Paulo Sérgio, apesar do número de notificações não ser expressivo, a quantidade de chamados é bem alta.
São mais de 200 telefonemas recebidos pelo 190 todos os fins de semana com denúncias desse tipo de crime, disse ele, ao explicar que na primeira abordagem a polícia orienta e pede que o cidadão baixe o volume do aparelho e apenas os casos reincidentes são notificados. Primamos primeiramente pelo diálogo, pela conscientização da pessoa. Se ela insistir em infringir a lei, aplicamos a punição, contou.
A multa varia de R$ 5 a 50 mil, além da apreensão do som e a instauração do devido processo administrativo. A recuperação do equipamento só é obtida após o pagamento da notificação e é feita com a Sudema. O atendimento dessas ocorrências são constantes e, por isso, vamos reiniciar a Operação Sossego, com apoio de outros órgãos como Polícia Civil e a Sudema, a fim de intensificar as rondas e prevenir os abusos, adiantou Paulo Sérgio. Segundo ele, o número para denúncias é o 190.
Ele orienta ainda que o cidadão que se sentir lesado tente inicialmente o diálogo com o infrator e, caso não seja atendido, acione a PM. No entanto, alertamos para a conversa sadia, evitando qualquer tipo de conflito e violência, enfatizou. De acordo com a legislação, o limite permitido para volume de som varia de 45 a 65 decibéis, dependendo da localização dentro do município.
Balanço
De Janeiro de 2013 até fevereiro deste ano o Batalhão Ambiental já registrou 291 autuações por poluição sonora. Os casos acontecem sobretudo nos fins de semana, em cidades e bairros litorâneos (como Jacumã, Lucena e Conde), e em estabelecimentos comerciais urbanos.