HAGAR FANTASMA: Com apoio da PM, operação desarticula organização criminosa que usava aviões para transportar drogas

Uma operação conjunta da Polícia Federal, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), e com apoio da Polícia Militar, desarticulou uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Oito pessoas foram alvos de mandados de prisão e busca e apreensão.

A operação “Hangar Fantasma” ocorreu no município de Alagoinha, no brejo paraibano, e os presos foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal em João Pessoa. Na capital, um dos alvos foi localizado e também preso.

Operação de âmbito nacional, ao todo foram cumpridos 23 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão na Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e no Distrito Federal. A Justiça determinou o bloqueio de contas e ativos financeiros dos investigados no valor de R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de bens como aviões e veículos de luxo.

Prisões aconteceram em Alagoinha (Imagem: P5 CPR3)

A “Hangar Fantasma” teve com o objetivo desarticular uma estruturada organização criminosa voltada ao tráfico interestadual de drogas, que utilizava o modal terrestre e aéreo para o transporte de entorpecentes, além de promover complexos esquemas de lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início a partir da análise de dados de operações anteriores, revelando que a liderança do grupo ordenava as ações delitivas de dentro do sistema penitenciário paraibano.

Foi apurado que a organização criminosa era responsável pela aquisição de aeronaves e pela logística de transporte de grandes quantidades de cocaína das regiões Norte e Centro-Oeste para o Nordeste. O grupo foi vinculado a três grandes apreensões recentes que totalizaram cerca de uma tonelada de entorpecentes, incluindo dois flagrantes de aeronaves transportando aproximadamente 400 kg de cocaína cada, ocorridos no estado do Tocantins, e uma apreensão terrestre na Paraíba.

Durante o inquérito policial, identificou-se uma sofisticada engenharia financeira utilizada para ocultar a origem ilícita dos recursos. Os investigados valiam-se de uma rede de interpostas pessoas (“laranjas”) e da criação de empresas de fachada (“fantasmas”) para movimentar valores milionários e adquirir bens de alto valor, como aviões e veículos de luxo.

Como forma de descapitalizar a organização criminosa, a Justiça determinou o bloqueio de contas e ativos financeiros dos investigados até o limite de R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de diversos bens móveis e imóveis, visando impedir o proveito econômico dos delitos e garantir o ressarcimento à sociedade.

Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas para esses delitos podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

Briefing da Operação aconteceu nas primeiras horas da quinta-feira . (Imagem: P5 CPR3)

O nome da operação, “Hangar Fantasma”, faz alusão ao modus operandi do grupo, que utilizava empresas fictícias (“fantasmas”) e terceiros para registrar e ocultar a real propriedade das aeronaves e hangares utilizados na logística do transporte de drogas, operando uma frota aérea “invisível” aos mecanismos de controle financeiro.

A atuação da PM no âmbito da Operação ocorreu através do Departamento de Inteligência (DINTEL), com tropas do Comando de Operações de Choque, do Comando de Operações Especiais Policiais, e apoio do Comando de Policiamento Regional III.

Com informações e foto principal da AscomPF

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