Comandante Geral recebe comitiva da ouvidoria agrária nacional

Durante a reunião, os participantes puderam conhecer o trabalho da Polícia Militar com o serviço de patrulhamento rural comunitário, que possui 28 viaturas em todo estado destinadas a esse serviço, que faz as rondas na zona rural com um aspecto mais comunitário, onde os policiais são capacitados com a filosofia de polícia comunitária e fazem visitas constantes nos sítios mais afastados para estabelecer um policiamento mais próximo das famílias desses locais.
Ao conhecer o trabalho, a comitiva ficou bastante satisfeita com a atuação da PMPB nas ocorrências envolvendo questões agrárias, o que pode servir, segundo os representantes, como referência para outros Estados.
O Ouvidor Agrário Nacional, Desembargador Gercino José da Silva Filho, entregou ao Comandante Geral um mapa com dados sobre conflitos agrários e violência motivadas por questões agrárias em todo Brasil. O estudo aponta que a Paraíba está bem em relação aos índices, quando comparados com os outros Estados. Em 11 anos, dos 18 homicídios registrados no campo na Paraíba, apenas quatro deles tiveram motivações agrárias.
O Ouvidor destacou o trabalho da Polícia Militar como responsável por esse resultado. Isso decorre da atuação e dos mecanismo da polícia militar para atender a população do campo, que agora tem demonstrado uma atenção maior com essas pessoas, procurando sempre uma proximidade que garante a proteção ao cidadão do campo, apontou Gercino José.
Para o Comandante Geral, Coronel Euller Chaves, a Polícia Militar está no caminho certo para promover a segurança e lidar com essas questões históricas.
Dentro de nossa política de segurança do Estado temos nos capacitado ao máximo para promover um atendimento satisfatório a todos os tipos de ocorrências e nesta questão do campo procuramos aplicar o policiamento rural comunitário como forma de aproximação e humanização das questões envolvidas, que é um processo de construção dentro de um contexto histórico que a polícia militar tem que está preparada para atender e resolver, frisou o Coronel Euller.
Dados – Segundo dados da coordenadoria de gerenciamento de crises da Polícia Militar, só este ano na Paraíba foram realizadas 23 reintegrações de posse e em nenhuma delas foi necessário o uso da tropa de Choque nem tão pouco o emprego da força. Mantemos sempre o diálogo dentro da filosofia de desocupação pacífica determinada pelo Comandante Geral e assim temos conseguido cumprir a lei e ganhar a confiança da população envolvida no conflito por terra sem que haja necessidade do uso de outros meios, lembrou o coordenador de gerenciamento de crises, Tenente Coronel Roberto Costa.
No final da audiência ficou acordado que a ouvidoria agrária nacional e a Polícia Militar da Paraíba vão aumentar a troca de informações, inclusive sobre o perfil dos assentamentos e acampamentos da Paraíba, onde a Polícia Militar reforçará as visitas para promover uma aproximação maior. Também foi definida a participação da PM nas reuniões que tratam de assuntos relacionados a conflitos agrários no Estado paraibano.
Participaram também da reunião a coordenadora do Estado Maior Estratégico da PM, Coronel Christiane Wildt, o corregedor da instituição, Coronel Severino Gerônimo, o coordenador dos direito humanos e polícia solidária, tenente coronel Valterlins Dutra, o coordenador de gerenciamento de crises, Tenente Coronel Roberto Costa, e o coordenador de comunicação e marketing, Major Gilberto Felipe.




