Cães são treinados para revistas em presídios e buscas em matas

Cinco dos 14 novos cães que chegaram à Companhia de Policiamento com Cães da Paraíba estão sendo submetidos a um treinamento especial, cujo objetivo é localizar celulares em presídios e criminosos fugitivos em matas.
Cinco dos 14 novos cães que chegaram à Companhia de Policiamento com Cães da Paraíba estão sendo submetidos a um treinamento especial, cujo objetivo é localizar celulares em presídios e criminosos fugitivos em matas. Em 2014, os animais adestrados da Companhia chegaram a realizar mais de 400 ações policiais, sendo dez em missões do Exército Brasileiro.

O comandante da Companhia de Policiamento com Cães, capitão Deuslânio Menezes, informou que o Governo do Estado praticamente dobrou o número de animais no canil, possibilitando a inovação na segurança pública da Paraíba. “Temos, atualmente, 30 cães e 14 foram adquiridos só no ano passado. Três deles, da raça pastor belga, estão sendo adestrados para localizar celulares em presídios. E outros dois pastores serão especializados em encontrar criminosos escondidos em mata. Quando completarem um ano e meio de idade estarão prontos para essa inovação no combate”, afirmou.

De acordo com o capitão, o objetivo do trabalho desenvolvido pelo Canil da PM é complementar as ações de segurança pública. “Com o aumento da criminalidade e especialização dos criminosos, os profissionais da segurança pública têm que trabalhar com ferramentas que facilitem as ações policiais. E os cães fazem justamente isso”, destacou.

O comandante ressalta que um cão policial adestrado tem uma eficiência superior ao homem em determinados tipos de ação. “Com relação aos cães, nós utilizamos nas ações as 350 células olfativas que eles têm a mais do que o homem. Esses animais conseguem localizar um objeto dentro de um tempo 30 vezes mais rápido do que um homem poderia fazer”, comparou.

Ações de sucesso em 2014 – As estatísticas da Companhia de Policiamento com Cães apontam que, no ano passado, os animais do Canil da PM realizaram 417 ações de combate a crime.

Os cães também foram empregados 18 vezes em policiamento de praças desportivas, tendo participado ainda de 15 ações de combate às drogas na Grande João Pessoa, que resultaram na apreensão de 10 quilos de entorpecentes. Esses animais apoiaram no ano passado mais dez missões semelhantes do Exército Brasileiro.

Em 2014, os cães adestrados da Companhia de Policiamento com Cães ainda tiveram participação em 360 patrulhamentos, nos quais seguiram em ronda com os policiais dentro das viaturas. Com isso, foram recuperados quatro veículos roubados e 12 pessoas chegaram a ser presas. O instinto canino também foi utilizado em 14 revistas realizadas em estabelecimentos prisionais.

As várias raças de cães adestradas da PM também fazem outros tipos de ações policiais. Entre elas, estão as seguintes: localização de armas e explosivos; controle de distúrbios civis; controle de rebelião em estabelecimentos prisionais; e policiamento em eventos públicos.

Ao todo, a Companhia de Policiamento com Cães possui um efetivo de 22 homens. Esses policiais são responsáveis tanto pelo treinamento como pelo combate com os animais. O Canil da PM já existe há 23 anos.

Ação social de cinoterapia – Cinoterapia é o nome dado a uma terapia realizada com o auxílio de cães e voltada a crianças com alguma deficiência psicológica, problemas de relacionamento social, ou até mesmo de afetividade.

Assim, além do trabalho de combate, os cães policiais do Estado também são empregados em ações sociais. A Cinoterapia é realizada por eles na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Em 2014, os animais foram empregados 36 vezes com esse objetivo.

Demonstração para instituições públicas – As instituições interessadas em solicitar uma demonstração de combate ao Canil da PM precisam realizar agendamento prévio. Para isso, bastam ligar para o número 3218-7153.

Aposentadoria – Depois de um trabalho de oito anos como cão policial, os animais ganham o merecido descanso. O destino deles pode ser a doação para famílias responsáveis, incluindo a do próprio treinador. Caso não seja possível esse procedimento, a outra opção é a moradia no próprio canil.

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