Hospital Edson Ramalho desenvolve programa para atender pessoas com deficiência auditiva

O Hospital General Edson Ramalho, que integra a rede hospitalar do Estado, desenvolve um projeto de grande alcance social. Trata-se do Serviço de Reabilitação Auditiva, que tem como principal objetivo atender a pessoas que apresentam problemas na audição e que podem precisar (ou não) usar aparelho. O programa atende aos 135 municípios que fazem parte das macrorregionais de João Pessoa e Campina Grande.

De acordo com Kelliana Lourenço Gomes, gerente do Serviço, os pacientes são encaminhados tanto por clínicas particulares quanto pela rede pública de saúde. “As pessoas que chegam ao serviço passam pelo exame de audiometria. Se for comprovada a necessidade do uso do aparelho, é aberto um processo para a compra”, explicou. Além das clínicas particulares e dos hospitais da rede pública, os pacientes também são encaminhados para consulta pelas unidades dos Programas de Saúde da Família (PSFs).

De acordo com dados do Serviço de Reabilitação Auditiva, no mês de dezembro do ano passado, dos 115 pacientes atendidos, 99 receberam aparelhos; em novembro, dos 258 pacientes, 112 foram beneficiados. Cada aparelho varia de R$ 525 a R$ 1,1 mil e são adquiridos com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Há casos em que o paciente precisa usá-lo nos dois ouvidos e outros em que a medicação e outros procedimentos médicos resolvem o problema. “O que a gente espera com esse programa de saúde auditiva é reabilitar o paciente para que ele possa retomar as suas atividades normais e voltar ao convívio social”, disse Kelliana.

Aparelhos para surdez – De acordo com médico e professor Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, as próteses auditivas são sistemas de amplificação sonora miniaturizados, utilizados para auxiliar pessoas com perdas auditivas a ouvir melhor os sons ambientais. São comumente conhecidas como aparelhos para surdez. Eles consistem em um microfone, um amplificador e um fone, podendo conter também sistemas de compressão, filtros e chips de programação.

Esses aparelhos são recomendados para pessoas com perdas auditivas neurossensoriais e para pessoas com perdas de transmissão que não podem ser operadas, ou que apresentam problemas complexos que não podem ser resolvidos por procedimentos cirúrgicos. Essa indicação inclui as situações de risco dos pacientes com um único ouvido socialmente utilizável, nos quais se prefere não indicar cirurgia.

As próteses auditivas são recomendadas para pessoas com perdas auditivas leves, moderadas ou intensas, desde que se sintam confortáveis com o seu uso. Não existem limites rígidos de indicação no que diz respeito ao grau de perda auditiva, com exceção das perdas profundas, em que as próteses usualmente não trazem benefícios sociais satisfatórios. De forma geral recomendam-se próteses auditivas para as pessoas que apresentam perda auditiva de mais de 40 decibéis no melhor ouvido.

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