Projeto ‘Lutando pela Paz’ oferece aulas gratuitas de judô em Campina

Crianças beneficiadas ganharam quimonos neste fim de semanal
O 2º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Campina Grande, entregou 43 quimonos a crianças e adolescentes do bairro do Catolé, onde fica instalada a sede da Força Tática. A doação do material, realizada nesse fim de semana, faz parte do projeto ‘Lutando Pela Paz’ realizado pela PM há três meses.

O comandante do 2º BPM, tenente-coronel Souza Neto, disse que a base policial oferece aulas de judô, três vezes por semana, aos jovens do bairro. O treinamento é ministrado pelo tenente Augusto e o soldado Wallace. Um tatame foi montado dentro da base da Força Tática para execução do projeto com as crianças e jovens.

De acordo com Souza Neto, a iniciativa se enquadra em mais uma modalidade de policiamento comunitário em Campina Grande. “Primeiro, nós executamos ações de repressão ao tráfico de drogas, que muitas vezes acontecia aqui próximo à própria base. Nós fizemos os levantamentos, prendemos vários traficantes. Agora, é hora de atrair os adolescentes e a comunidade para o nosso lado, e, a partir daí, caminharmos juntos contra as armadilhas que a o mundo do crime oferece”, informou o comandante.

O oficial disse que o projeto tem 50 alunos inscritos e já desperta o interesse de mais crianças da área. As mães dos alunos informaram que já perceberam a diferença no comportamento dos meninos, em casa e na escola, depois que eles passaram a praticar judô com a PM. “Trata-se de um esporte que ajuda muito a desenvolver a disciplina”, explicou o tenente Augusto.

O 2º BPM está firmando parcerias com algumas entidades da sociedade civil, para que o projeto atenda aos anseios das demais crianças interessadas em ingressar nesse trabalho de prevenção à violência.

Homicídio Zero – O comandante Souza Neto lembrou ainda que o bairro do Mutirão, em Campina Grande, permanece sem um único registro de homicídio, neste ano de 2013. No ano passado, a comunidade foi a terceira mais violenta da cidade, com nove assassinatos. A queda nos índices de violência é fruto da implantação da Unidade de Polícia Solidária (UPS) no bairro, em dezembro de 2012.

Outro exemplo – O bairro do Pedregal, que esteve no topo dos mais violentos da cidade com 14 assassinatos em 2012, também apresenta uma redução significativa este ano: são dois casos de homicídios nestes dez meses de 2013. “Neste mesmo período do ano passado, o Pedregal registrava nove homicídios”, lembrou Souza Neto. “Isso é fruto da presença constante da polícia na comunidade, principalmente depois que a UPS foi instalada naquela área”, completou o comandante.

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